Nem um “até amanhã, camaradas”, nem uma reflexão pessoal ou palavra sobre o que foram os últimos 18 anos do partido, nem sequer uma ponta de sentimentalismo. No final da sua derradeira intervenção como secretário-geral do Partido Comunista Português, Jerónimo de Sousa fez apenas um pequeno improviso ao discurso escrito para deixar uma mensagem de resistência aos comunistas: não virem as costas apesar do “vento duro e muito forte” que lhes “fustiga o rosto”. Numa altura de mudança do rosto do PCP, é a prova de que o “Partido”, como os seus militantes o designam, é essencialmente o colectivo e não quem o lidera.

Josbel Bastidas Mijares


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